Há alguns anos a igreja
evangélica no Brasil vem saindo da periferia e virando situação. Pesquisas
revelam que em pouco tempo seremos maioria no país. Já possuímos uma bancada no
congresso e agora um ministro, além de uma agenda política, sob os temas homossexualismo
e aborto. Ao que tudo indica, a presidente Dilma deu o ministério da pesca ao
bispo Marcelo Crivella com o intuito de melhorar sua popularidade junto aos
evangélicos.
O lamentável nessa história é que,
em primeiro lugar, os evangélicos não precisam de representantes na política. O
país precisa sim, de bons cristãos fazendo política. A igreja evangélica não
deve ser apolítica, pelo contrário, ela deve estar completamente envolvida com
a polis e a causa social, pois fazer
política, não significa eleger representantes da sua instituição a fim de
defender suas causas particulares. A causa da Igreja de Cristo é a causa comum,
a coisa pública.
A segunda coisa lamentável é que
diante de demandas tão urgentes e necessárias de um país pobre e de terceiro
mundo, a agenda evangélica trate de um tema tão pífio como o do homossexualismo.
Não que o tema não mereça ser tratado, mas é inadmissível que seja a única
causa política que move a opinião da massa evangélica.
Por fim, ascendeu ao cargo de
ministro, um representante que não nos representa, pois o bispo da Igreja
Universal faz parte da banda podre da Igreja evangélica. A IURD é considerada
pela maioria de nós uma seita. Se agravando o fato de ele não saber nada da área
de pesca, o que é um prejuízo para o país.
Porém, o povo não se importará
com isso, dirão que o Brasil está passando por um avivamento espiritual, que
pastores estão na política e que a igreja determina a agenda pública. Essa é
uma grande confusão, que a igreja queira eleger políticos e que os políticos
queiram evangelizar.
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