sexta-feira, 2 de março de 2012

Evangélicos na Política


Há alguns anos a igreja evangélica no Brasil vem saindo da periferia e virando situação. Pesquisas revelam que em pouco tempo seremos maioria no país. Já possuímos uma bancada no congresso e agora um ministro, além de uma agenda política, sob os temas homossexualismo e aborto. Ao que tudo indica, a presidente Dilma deu o ministério da pesca ao bispo Marcelo Crivella com o intuito de melhorar sua popularidade junto aos evangélicos.
O lamentável nessa história é que, em primeiro lugar, os evangélicos não precisam de representantes na política. O país precisa sim, de bons cristãos fazendo política. A igreja evangélica não deve ser apolítica, pelo contrário, ela deve estar completamente envolvida com a polis e a causa social, pois fazer política, não significa eleger representantes da sua instituição a fim de defender suas causas particulares. A causa da Igreja de Cristo é a causa comum, a coisa pública.
A segunda coisa lamentável é que diante de demandas tão urgentes e necessárias de um país pobre e de terceiro mundo, a agenda evangélica trate de um tema tão pífio como o do homossexualismo. Não que o tema não mereça ser tratado, mas é inadmissível que seja a única causa política que move a opinião da massa evangélica.
Por fim, ascendeu ao cargo de ministro, um representante que não nos representa, pois o bispo da Igreja Universal faz parte da banda podre da Igreja evangélica. A IURD é considerada pela maioria de nós uma seita. Se agravando o fato de ele não saber nada da área de pesca, o que é um prejuízo para o país.
Porém, o povo não se importará com isso, dirão que o Brasil está passando por um avivamento espiritual, que pastores estão na política e que a igreja determina a agenda pública. Essa é uma grande confusão, que a igreja queira eleger políticos e que os políticos queiram evangelizar.